Foto:José Otávio Porpino/D.A Press |
Criado em janeiro deste ano, em João Pessoa, o Duo Japiim estreou no cenário da música instrumental paraibano com a proposta de pesquisar e executar obras escritas para essa formação camerística, tão pouco difundida, bem como, trabalhar com arranjos que valorizem a diversidade musical brasileira dando ênfase à interessante sonoridade de um duo desta ordem.
Atualmente o Japiim cumpre a agenda dos concertos didáticos do Prêmio Funarte em escolas da rede pública de João Pessoa, iniciada em agosto deste ano, com encerramento previsto para este mês. o Duo tem se debruçado ante uma pesquisa histórica que fundamente estética e musicologicamente obras de compositores eruditos, dentre eles W. A. Mozart e Carl Stamitz.
Por ser uma formação camerística pequena é que o Japiim tem como um de seus maiores objetivos conduzir a música às mais diversas plateias, seja, em escolas, associações comunitárias, igrejas e locais afins. Passeando historicamente entre o erudito e o popular, o Duo tem um repertório bastante variado, que vai de Mozart a Legião Urbana e Pixinguinha.
Outros compositores que estão no repertório do Japiim são Chico Buarque, Jackson do Pandeiro, Caetano Veloso, Villa-Lobos, Titãs e Sivuca. Os arranjos das músicas populares executadas são assinados por Lílian e Wilame e também pelo músico e arranjador paraibano Rogério Borges. A meta é pesquisar, arranjar e difundir a música erudita e a música popular brasileira.
História
O duo, como formação camerística, ao longo da história da música sempre fora trabalhada por diversos compositores, entre eles, Mozart, Paganini, Vivaldi e Bocherini, até chegar à produção de compositores da música moderna. "Mas, trabalhamos também o repertório popular com canções conhecidas do grande público", ressaltou Lílian. Wilame explicou que o violino e a viola exigem a mesma técnica para sua execução. O Duo Japiim, neste sentido, vem trabalhando e pesquisando repertório dessa formação camerística, que, por ser um duo torna a execução bastante exigente no sentido de ser dois instrumentos melódicos que alternam entre si melodias e harmonias.
"Rogério Borges - prosseguiu Wilame -, excelente arranjador paraibano nos presenteou com algumas canções e dentre elas o arranjo de 'Carinhoso' (Pixinguinha). Mas também da improvisação, do estudo das possibilidades sonoras do Duo durante os ensaios surgem alguns arranjos que estão presentes no repertório bastante eclético do grupo".
Origem do nome
O japiim, ave comum em toda a floresta amazônica, vive em bandos e colônias e é muito ativo e barulhento. Imita com notória perfeição uma grande variedade de aves, como araras, tucanos, capitão-do-mato e até mesmo mamíferos como macacos e ariranha. "Então, a ideia foi mesmo a de nomear o grupo com o nome desse pássaro que, pela sua lenda, pode ser considerado um excelente intérprete/imitador", explicou Lílian.
Diz a lenda que o japiim arremedava o canto de outros pássaros, e tanto fez que as outras aves, cansadas de seu macaquear, rogaram aos deuses que o castigassem, por isso ele foi punido com o esquecimento do próprio cantar. O único pássaro que o japiim não imitava era o tangurupará. Contatos: duojapiim@hotmail.com.
fonte:
http://www.jornalonorte.com.br/2010/11/07/show1_0.php
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